<font color=0094E0>Ary, Lisboa e o Povo</font>
Passam no próximo 18 de Janeiro vinte anos sobre o desaparecimento de José Carlos Ary dos Santos.
Assinalar a passagem dessas duas décadas não é uma necessidade imposta pelo justo combate ao esquecimento: poucas figuras públicas, poucos artistas, poucos poetas lançaram raízes tão fundas no coração dos portugueses, tiveram a força e o talento para vencerem tão profundamente a erosão dos anos que passam.
De certa forma, recordar Ary dos Santos vinte anos passados é imposto exactamente pelo contrário. É imposto pela necessidade de recordar, para os que o conheceram e para quantos ele é uma lenda narrada, que o poeta não foi apenas a paixão de todos os dias, não foi apenas a solidariedade jamais negada, não foi apenas a voz vigorosa enfrentando silêncios impostos.
Foi, sem dúvida, isso tudo. Mas para que a memória de tudo isso se mantenha tão firme e sentida no coração dos portugueses foi indispensável o trabalho, o talento, o esforço, a dádiva constante não apenas do sentir de um coração, mas também do labor de um talento.
A impetuosa entrega de Ary expressa na tonitruante presença da sua própria voz constitui uma recordação única – mas interessa sabermos que ela tinha consistentes bases não apenas na capacidade criadora do poeta, mas também no quotidiano de um homem que encontrava a felicidade trabalhando e a fazia florescer transportando ele próprio o trabalho dos seus versos e os versos do seu trabalho a quem era, no fundo, a fonte das suas inspirações e o protagonista dos seus anseios: o povo.
Por isso Ary dos Santos foi uma presença de todas as Festas do «Avante!». As suas canções e os seus poemas, a sua voz e a sua fraterna entrega. A Festa de 2003 inicia assim o ciclo de iniciativas que o Partido Comunista Português dedicará até Maio de 2004 ao homem que tornou verdade para um País que agora ninguém mais cerra as portas que também ele em Abril abriu.
Nas páginas que o «Avante!» hoje lhe dedica - um suplemento de 8 páginas integrado na edição impressa, e cujo conteúdo estará também em breve disponível no site do PCP - anuncia-se, designadamente, o espectáculo que lhe é dedicado na primeira noite (a de sexta-feira) da Festa do Avante! deste ano, no palco 25 de Abril:
ARY, LISBOA E O POVO, com a participação musical de Camané, Paulo de Carvalho, Kátia Guerreiro e Paula Oliveira e a projecção de vídeos especialmente elaborados a partir de registos de imagem e sonoros de José Carlos Ary dos Santos.
Assinalar a passagem dessas duas décadas não é uma necessidade imposta pelo justo combate ao esquecimento: poucas figuras públicas, poucos artistas, poucos poetas lançaram raízes tão fundas no coração dos portugueses, tiveram a força e o talento para vencerem tão profundamente a erosão dos anos que passam.
De certa forma, recordar Ary dos Santos vinte anos passados é imposto exactamente pelo contrário. É imposto pela necessidade de recordar, para os que o conheceram e para quantos ele é uma lenda narrada, que o poeta não foi apenas a paixão de todos os dias, não foi apenas a solidariedade jamais negada, não foi apenas a voz vigorosa enfrentando silêncios impostos.
Foi, sem dúvida, isso tudo. Mas para que a memória de tudo isso se mantenha tão firme e sentida no coração dos portugueses foi indispensável o trabalho, o talento, o esforço, a dádiva constante não apenas do sentir de um coração, mas também do labor de um talento.
A impetuosa entrega de Ary expressa na tonitruante presença da sua própria voz constitui uma recordação única – mas interessa sabermos que ela tinha consistentes bases não apenas na capacidade criadora do poeta, mas também no quotidiano de um homem que encontrava a felicidade trabalhando e a fazia florescer transportando ele próprio o trabalho dos seus versos e os versos do seu trabalho a quem era, no fundo, a fonte das suas inspirações e o protagonista dos seus anseios: o povo.
Por isso Ary dos Santos foi uma presença de todas as Festas do «Avante!». As suas canções e os seus poemas, a sua voz e a sua fraterna entrega. A Festa de 2003 inicia assim o ciclo de iniciativas que o Partido Comunista Português dedicará até Maio de 2004 ao homem que tornou verdade para um País que agora ninguém mais cerra as portas que também ele em Abril abriu.
Nas páginas que o «Avante!» hoje lhe dedica - um suplemento de 8 páginas integrado na edição impressa, e cujo conteúdo estará também em breve disponível no site do PCP - anuncia-se, designadamente, o espectáculo que lhe é dedicado na primeira noite (a de sexta-feira) da Festa do Avante! deste ano, no palco 25 de Abril:
ARY, LISBOA E O POVO, com a participação musical de Camané, Paulo de Carvalho, Kátia Guerreiro e Paula Oliveira e a projecção de vídeos especialmente elaborados a partir de registos de imagem e sonoros de José Carlos Ary dos Santos.